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Banco central da China revela pacote de apoio ao crescimento


26/09/2024


A China anunciou recentemente seu maior pacote de flexibilização monetária desde a pandemia, em uma tentativa de revitalizar sua economia em desaceleração. As medidas incluem cortes na taxa de recompra reversa de 7 dias, que caiu para 1,5%, e a redução da taxa de reserva obrigatória (RRR) para grandes bancos, agora em 9,5%. Com isso, o governo busca impulsionar o crédito, aumentar o consumo e apoiar o setor imobiliário, que ainda apresenta sinais de fraqueza. 

 

O Banco Popular da China (PBoC) também implementou reduções nas taxas de juros para hipotecas e flexibilizou os requisitos de entrada para compradores de imóveis, como parte de um esforço coordenado para estimular a demanda doméstica. Além disso, foram cortadas as taxas de longo prazo para apoiar empresas que desejam refinanciar suas dívidas, proporcionando um alívio financeiro adicional. 

 

Porém, muitos economistas estão céticos quanto à eficácia dessas medidas. Apesar das taxas de juros mais baixas e de outras políticas expansionistas, a demanda interna continua fraca, o que levanta dúvidas sobre se essas ações serão suficientes para atingir a meta de crescimento anual de 5%. O mercado imobiliário, uma peça fundamental para o crescimento da China nas últimas décadas, não mostrou sinais consistentes de recuperação, e muitos apontam que, sem uma melhoria substancial nesse setor, o impacto das medidas anunciadas será limitado. 

 

Lynn Song, economista-chefe do ING, comentou que "ainda há espaço para mais flexibilização monetária nos próximos meses", sugerindo que o governo chinês pode adotar novas medidas de estímulo caso a economia continue enfraquecida. No entanto, a preocupação crescente com a deflação e a contínua fraqueza da demanda global adicionam complexidade ao cenário econômico da China. 

 

Os analistas também destacam que, embora as políticas monetárias possam aliviar algumas pressões de curto prazo, o verdadeiro desafio da China está na necessidade de reformas estruturais mais profundas para promover um crescimento sustentável. A dependência excessiva do setor imobiliário e a desaceleração das exportações são obstáculos significativos que o país precisa enfrentar para voltar a ter um crescimento robusto. 

 

Em resumo, enquanto o pacote de estímulos mais recente representa um esforço claro para revitalizar a economia chinesa, muitos analistas e economistas permanecem cautelosos sobre sua eficácia. A China ainda enfrenta uma longa recuperação, com desafios significativos no horizonte, tanto no mercado doméstico quanto global. 

 

Fonte : think.ing



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