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Mudança nas Rotas Globais e Impactos Logísticos


14/06/2024


O volume de embarques pelo Canal do Panamá está se recuperando após um período de secas severas que afetaram os níveis de água do Lago Gatún, essencial para o funcionamento do canal. A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) começou a aumentar o número de slots de trânsito disponíveis, permitindo uma maior passagem de navios Panamax, o que é um sinal positivo de retorno à normalidade operacional. 

  

Entretanto, a situação permanece delicada, pois os níveis de água ainda estão baixos, e futuras restrições não estão descartadas. Essa recuperação parcial é crucial, considerando que o canal é responsável por aproximadamente 7% do comércio global, conectando importantes rotas entre a Ásia, as Américas e a Europa. 

  

Por outro lado, muitas rotas que normalmente passariam pelo Mar Vermelho ainda estão sendo redirecionadas pelo Cabo da Boa Esperança. Isso se deve às tensões e ataques na região do Mar Vermelho, que aumentaram os riscos e custos operacionais para os navios que utilizam essa rota. As embarcações, especialmente 

 



O gráfico acima mostra o volume diário de comércio de trânsito através de três importantes rotas marítimas: Cabo da Boa Esperança, Canal de Suez e Canal do Panamá, medido em milhões de toneladas métricas (média móvel de 7 dias). 

  

Cabo da Boa Esperança (azul): Desde o início de 2023, observa-se um aumento constante no volume de trânsito através desta rota, especialmente após dezembro de 2023, quando houve um pico significativo. Isso indica que muitos navios estão optando por essa rota, possivelmente devido às restrições e riscos no Canal de Suez. 

  

Canal de Suez (vermelho): O volume de trânsito através do Canal de Suez apresentou uma queda acentuada a partir de dezembro de 2023, permanecendo baixo até junho de 2024. Isso sugere que a rota está sendo evitada devido a problemas persistentes na região do Mar Vermelho. 

  

Canal do Panamá (cinza): O volume de trânsito pelo Canal do Panamá tem se mantido relativamente estável, sem grandes variações, o que reflete os esforços da ACP para manter a operação, apesar das dificuldades causadas pela seca. 

  

Essas tendências no gráfico refletem a adaptabilidade das rotas marítimas globais a eventos geopolíticos e ambientais, e a necessidade contínua de diversificação e resiliência nas operações logísticas. 



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