18/10/2023
Desde a escalada do conflito entre Israel e o Hamas, que já deixou mais de 3 mil mortos em 10 dias de duração, os mercado acompanham com apreensão cada movimento dos dois lados. Desde o bombardeio inicial, em 7 de outubro, o ativo mais sensível aos movimentos e tensões no Oriente Médio tem sido o petróleo.
Produzido em larga escala por países como Arábia Saudita e Irã, dois países ligados ao conflito, a commodity figura entre as principais preocupações do mercado financeiro em relação ao conflito. Mas para onde, de fato, o preço do barril pode ir de acordo com os desdobramentos possíveis?
“O foco agora está no petróleo, que é o elo que poderia transformar esse conflito militar regional em um desafio econômico global. Surgiram temores de uma escalada e de interrupções no fornecimento de petróleo, o que levou os preços de volta acima de US$ 90 por barril”, considera o banco suíço Julius Baer. A visão é que o choque seria temporário pois a geopolítica “tende a ser um elemento de ruído sem implicações fundamentais duradouras”, considera.
Por isso, instituição realizou estudo considerando os três principais cenários possíveis tanto para o conflito quanto as consequências para a commodity.
A conjuntura considerada mais provável pelo Julius Baer é justamente a de um “choque temporário” e a consultoria entende que há 65% de probabilidade de se concretizar. Nesse cenário, o conflito militar continuaria em torno de Israel e o Hamas, sem maiores impactos na região, para além da “retórica tensa”. Assim, os rumores e as incertezas desapareceriam em questão de semanas, normalizando os preços do petróleo.
Para embasar a análise, a Julius Baer considera o ocorrido com a Guerra do Líbano e os conflitos anteriores envolvendo Gaza, ainda que reconheça que o conflito atual se apresenta como mais intenso. Mesmo assim, esforços da diplomacia dos EUA e as posições dos países árabes vizinhos sustentam o cenário.
Fonte : infomoney.com.br