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Importações da China reduzem produção da indústria química


21/02/2024


O aumento das importações, em especial, da China, está dificultando a manutenção das atividades da indústria química nacional, cuja utilização da capacidade produtiva está na casa dos 65%. “É um patamar muito baixo. Para ser viável economicamente, tem que operar com, no mínimo, 75%, 77%”, observa o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro.


Ele acrescenta que não é possível por períodos de seis meses a um ano sustentar níveis de utilização da capacidade baixos, o que faz com que as plantas tenham que ser paralisadas. “Até meados de 2022, nós estávamos utilizando por volta de 75% da capacidade produtiva instalada no nosso País”, diz.


De acordo com o dirigente, foi entre julho e agosto de 2022 que o setor começou a sofrer as consequências de um “crescimento exagerado das importações”, situação que foi se agravando com o tempo. Em 2023, o valor de importações de produtos químicos no Brasil chegou a US$ 61,2 bilhões, enquanto as exportações somaram US$ 14,6 bilhões. Conforme a entidade, o crescimento das importações chegou a 30,9%, com uma queda média de 28,6% dos preços nessas operações em 2023.


 E a solução para mudar a realidade do setor está nas mãos do governo federal. Além da Abiquim, a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) cobra do governo o estabelecimento de medidas tarifárias emergenciais que impeçam o surto de estoques e excedentes internacionais no mercado doméstico a preços distorcidos.


Fonte : diariodocomercio



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